Datar os fósseis é um processo relativamente simples, usando vários métodos para determinar e confirmar a idade. Alguns cuidados devem ser tomados para confirmar que as datas são as mais antigas aparições de cada fóssil já que não existe razão para uma forma transicional ser extinta antes de uma forma moderna aparecer. E não há razão para uma forma bem-sucedida não poder resistir longos períodos de tempo com poucas mudanças. Como o crocodilo moderno, que está assim há 100 milhões de anos; e a barata, que mantém a forma há 280 milhões de anos.
A ciência como uma vela no escuro (Carl Sagan)
Nos séculos 18 e 19, as mentes de brilhantes pessoas transformaram o mundo que conhecemos. O mundo saia do antropocentrismo e misticismo para iniciar uma nova era baseada no método científico. O antropocentrismo recebeu três derradeiros golpes, o primeiro dado por Newton (que provou que não estamos no centro do universo), o segundo dado por Darwin (que provou que não somo criados por Deus e que somos como qualquer outro animal) e o último dado por Freud (que desmascarou nosso egocentrismo). Mesmo assim, muitos humanos preferem negar a ciência, os fatos e o método científico, para se agarrar ao misticismo, pseudociência e a fé religiosa. Este blog tem como objetivo, divulgar a ciência, falar sobre ateísmo e religião e instigar o senso crítico. Aqui a ciência será colocada como uma vela que foi acesa com o objetivo de afastar a escuridão.
terça-feira, 21 de maio de 2013
Evidências da Evolução
Datar os fósseis é um processo relativamente simples, usando vários métodos para determinar e confirmar a idade. Alguns cuidados devem ser tomados para confirmar que as datas são as mais antigas aparições de cada fóssil já que não existe razão para uma forma transicional ser extinta antes de uma forma moderna aparecer. E não há razão para uma forma bem-sucedida não poder resistir longos períodos de tempo com poucas mudanças. Como o crocodilo moderno, que está assim há 100 milhões de anos; e a barata, que mantém a forma há 280 milhões de anos.
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Evidências da Evolução
Nesta primeira parte o vídeo dá uma introdução ao assunto e já discute como usamos características em comum para agrupar as espécies, e como esse agrupamento é muito preciso e, sempre leva a um ancestral em comum. O vídeo também mostra o exemplo dos ossos do nosso ouvido e como eles evoluíram a partir de ossos na mandíbula dos répteis.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Definição: O que é Macroevolução?
Macroevolução geralmente se refere a evolução acima do nível espécie. Então, ao invés de focarmos em uma espécie de besouro em especial, uma lente macroevolutiva pode exigir que distanciemos o olhar, para avaliar a diversidade do clado de besouros e sua posição na árvore da vida.
Macroevolução refere-se a evolução de grupos maiores que uma espécie individual.
A história da vida, em grande escala.
Macroevolução engloba as maiores tendências e transformações na evolução, como a origem dos mamíferos e a irradiação das plantas com flores. Padrões macroevolutivos são o que geralmente vemos quando olhamos para a história da vida em larga escala.
Não é necessariamente fácil “ver” a história macroevolutiva; não há relatos em primeira mão para serem lidos. Ao contrário, nós reconstruímos a história da vida usando todas as evidências disponíveis: geologia, fósseis e organismos vivos.
Uma vez que tenhamos descoberto qual evento evolutivo aconteceu, podemos tentar descobrir como aconteceu. Assim como na microevolução, mecanismos evolutivos básicos como mutação, migração, deriva genética, e seleção natural estão em funcionamento e podem ajudar a explicar muitos padrões em larga escala na história da vida.
Os mecanismos evolutivos básicos – mutação, migração, deriva genética e seleção natural – podem produzir alterações evolutivas de grande porte se lhes for dado tempo suficiente.
Um processo como mutação pode parecer que acontece em uma escala muito pequena para influenciar um processo tão surpreendente como a irradiação de besouros ou tão grande como a diferença entre um cachorro e um pinheiro, mas não é. A vida na Terra tem acumulado mutações e transmitindo-as através do filtro da seleção natural por 3,8 bilhões de anos – tempo mais do que suficiente para o processo evolutivo produzir sua grandiosa história.
E para terminar, nos dizeres de Fabiano Menegídio
Fontes:
Evolução a olhos vistos – Exemplo do Lagarto de Parede
O primeiro exemplo que vou usar é do Lagarto-de-Parede, comum na Itália e no litoral do Mar Adriático. Em 1971, biólogos moveram 5 pares de adultos deste lagarto para uma ilha em que esta espécie não existia. Trinte e seis anos depois (36 anos), os biólogos retornaram sem ter qualquer idéia se os lagartos tinham sobrevivido ou não. Para a surpresa de todos, não só os lagartos haviam sobrevivido, como haviam sofrido mudanças drásticas em sua anatomia, fisiologia e até mesmo comportamento social. Apenas 36 anos e tantas mudanças!
As mudanças observadas, comparadas com os lagartos da população original, foram: Mudanças no tamanho e forma da cabeça, na força da mordida, desenvolvimento de novas estruturas no trato digestivo e, por fim, aumento nas densidades populacionais. Mas como tais mudanças ocorreram?
Para isso é preciso entender um pouco o novo habitat em que estes cinco casais foram largados. Primeiro que o novo lar dos lagartos não continham nenhuma outra espécie de lagarto. Segundo que a ilha não possuía os insetos que os lagartos se alimentavam, ou seja, não possuía a presa natural, ou o alimento natural destes lagartos-de-parede. Como os lagartos sobreviveram então se não havia alimento para eles?
Bom. Não haviam os insetos, mas a ilha era toda coberta por uma espécie de planta fibrosa. Alguns lagartos conseguiam se alimentar desta planta e estes tiveram mais filhos (e seus filhos herdaram a capacidade de se alimentar das plantas). Os lagartos que não eram capazes de se alimentar de plantas, morreram de inanição (isso é Seleção natural). Quanto mais forte a mordida, mais fácil é para se alimentar de plantas fibrosas. Assim, a cada geração, alguns indivíduos nasciam com cabeças um pouco maiores que o normal. Como a cabeça maior está associada a uma mordida mais forte, estes indivíduos de cabeça maior tinham mais sucesso em ter filhos (que herdavam a cabeça maior). Desta forma, a cabeça maior, mais longa, com mordida mais forte, foi sendo selecionada ao longo das gerações.
Mas para se alimentar de vegetais, não basta uma boa mordida. Vegetais são de difícil digestão e a maioria dos animais herbivoros possuem sistemas digestivos adequados para lidar com esta digestão. Os sistemas digestivos de herbívoros podem ser caracterizados por duas coisas: 1) o trato digestivo é dividido em câmaras (separadas por válvulas) nas quais ocorre a fermentação da fibra vegetal e 2) o trato digestivo é ocupado por microorganismos que fazem esta fermentação.
A população original de lagartos (carnívora) não possuía nenhuma destas características de tratos digestivos. Mas 36 anos depois, os pesquisadores observaram que os lagartos transferidos para o novo habitat tinham válvulas cecais (que dividiam o trato digestivo em câmaras), e que cada câmara possuía um conjunto de microorganismos que faziam a fermentação das fibras vegetais. Essa é uma mudança drástica! Somente 1% dos répteis do mundo inteiro possuem um sistema digestivo assim e, quero salientar mais uma vez, o lagarto-de-parede não possui este sistema digestivo. Como os lagartos da ilha passaram a ter um sistema digestivo adaptado a digestão de vegetais? Da mesma forma que ocorreram as mudanças na forma e tamanho da cabeça. Alguns lagartos nasciam com o sistema digestivo um pouco mais compartimentalizado, e isso já era uma vantagem enorme na obtenção de nutrientes. Outros eram tolerantes a “infecção” pelos microorganismos que fazem fermentação e isso também conferia uma vantagem nutricional. Em algum momento, indivíduos com o trato digestivo mais compartimentalizado cruzou com indivíduos tolerantes a microorganismos fermentantes e, os filhotes, nasceram com grande vantagem em relação aos indivíduos que só faziam um ou outro. Assim, a cada geração, nascem indivíduos que possuem o sistema digestivo mais compartimentalizado e mais tolerante a microorganismos fermentantes.
Por fim, temos as mudanças na densidade populacional. E essa é mais fácil de entender. Os lagartos das populações originais se alimentam de insetos, ou seja, são caçadores. Eles dependem da habilidade de pegar a presa e, também da disponibilidade de presas. E estes são fatores limitantes na manutenção da baixa densidade populacional. Já os lagartos da ilha em questão, quando, após muitas gerações, a maioria dos indivíduos já eram bem adaptados a se alimentar de vegetais, eles possuíam pela frente não só um alimento em grande abundância, mas também um alimento muito fácil de se obter (afinal, plantas não fogem). Isso permitiu que a densidade populacional aumentasse bastante, pois a disponibilidade de alimento já não era mais um fator limitante.
Para fechar o assunto, quero salientar mais algumas coisas. É importante que o leitor note que as mudanças ocorrem a cada geração, ou seja, os indivíduos, depois que nascem, não mudam (anatômica e fisiologicamente) para se adaptar. O que ocorre é que a cada geração nascem indivíduos um pouco mais adaptados que seus irmãos. Também é importante salientar que, mesmo os lagartos da ilha, mesmo sendo muito diferentes das populações originais, não se são caracterizados como uma nova espécie. Eles podem até vir a se tornar espécies distintas no futuro (quanto mais tempo passar, maior a chance das populações se tornarem incompatíveis reprodutivamente), mas é impossível saber quanto tempo isso levará. Por fim, que este é um exemplo extraordinário de como mudanças anatômicas, fisiológicas e comportamentais podem acontecer em um espaço curto de tempo. E se tais mudanças podem acontecer em apenas 36 anos, imagine o que não aconteceria em 100 anos, 1.000 anos, em 1 milhão de anos ou, mais ainda, 100 milhões de anos (um tempo quase 3 milhões de vezes mais longo que os 36 anos vistos aqui)!
A evolução das espécies em números
Por Júlio César Barros, da Revista Pesquisa FAPESP Online
terça-feira, 26 de março de 2013
Armadilhas do ensino de Evolução
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
A memória da água – Parte 2
Mais sobre a evolução dos cães
Copiando parte de texto do "Zé" (agora vou chamar assim).
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
A memória da água - Parte 1
Video Aula: Introdução a Hereditariedade
Esta semana da ciência
Links originais
Formação de buraco negro: http://cnet.co/15edIBZ
Cura da diabetes em cães: http://bit.ly/XetsOP
Pênis destacável: http://bit.ly/Y0sxD8
Asteroide: http://bit.ly/XHEmvY
Circuitos biológicos sintéticos: http://bit.ly/Yh0SLW
Morte dos recifes de coral: http://bit.ly/Yrh13o
Adaptado de: I Fucking Love Science
Adeus a Alexandre Peixoto
Adeus a Alexandre Peixoto
Especialista em genética de insetos, Alexandre era chefe do Laboratório de Biologia Molecular de Insetos e atual coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC. Na carreira abreviada de forma abrupta, Alexandre acumulava o reconhecimento como pesquisador Nível 1A e líder do grupo de pesquisa em Genética Molecular do Comportamento em Insetos junto ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), além de ter recebido reconhecimento internacional por meio das edições 2002 e 2007 do Programa Internacional de Pesquisa Acadêmica do Instituto Médico Howard Hughes.
Sob sua liderança, o Laboratório de Biologia Molecular de Insetos do IOC atuava em pesquisas sobre insetos vetores de doenças tropicais, com ênfase na genética molecular e evolutiva do comportamento de flebotomíneos (vetores das leishmanioses) e de mosquitos vetores da dengue, febre amarela, filariose e malária. Os pesquisadores investigam complexos de espécies crípticas de insetos vetores e o possível papel de genes que controlam o comportamento no processo de especiação, com ênfase nos mecanismos de isolamento reprodutivo. Também é realizada a análise de genes que controlam os ritmos circadianos, previamente caracterizados em Drosophila, e as funções desses genes no controle dos ritmos de atividade e alimentação em flebotomíneos e mosquitos.
Bacharel em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Alexandre formou-se mestre em Ciências Biológicas, concluiu o doutorado em Genética na University of Leicester, no Reino Unido, e o pós-doutorado na Brandeis University, nos Estados Unidos. Revisor de mais de uma dezena de periódicos científicos, incluindo Plos One e Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, era membro do Conselho Editorial da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. Autor de mais de 70 artigos científicos, formou 18 mestres e 14 doutores. Em 2011, assumiu o desafio de coordenar o tradicional Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC.
O pesquisador deixa esposa e dois filhos.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Pseudociência: Um dragão em minha garagem.*
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Leitura Recomendada: O mundo assombrado pelos demônios
Hoje eu digo para meus alunos a mesma coisa: "Não se formem sem ter lido O mundo assombrado pelos demônios, de Carl Sagan.". Mas porque este livro é tão importante, não só para a formação de biólogos, mas para a formação de cientistas e, na minha opinião, na formação de nossas crianças? Porque este livro não é apenas uma defesa apaixonada pelo método científico, mas também um livro que ensina com muita clareza a diferença entre ciência e pseudociência (algo que acho fundamental para todas as pessoas). Segue abaixo o prefácio para que vocês tenham uma ideia do conteúdo do livro:
Esta Semana na Ciência
Links para os artigos originais:
Raio Trator: http://bit.ly/Y7vF0i
Temperatura do Universo: http://bit.ly/XZB9tQ
Armazenando no DNA: http://bit.ly/WnyLLj
Besouros do esterco: http://bit.ly/Y9XLIf
Proto-pássaro: http://bit.ly/14e5k4V
Quadrupla helice de DNA: http://bit.ly/VQmZf6
Imagem adaptada de "I Fucking Love Science"
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Evolução dos cães
Genealogia simplificada dos cães (figura adaptada de Casa Calado blog) |
Genealogia detalhada dos cães. Ilustração de Arthur Singer. |