Nos séculos 18 e 19, as mentes de brilhantes pessoas transformaram o mundo que conhecemos. O mundo saia do antropocentrismo e misticismo para iniciar uma nova era baseada no método científico. O antropocentrismo recebeu três derradeiros golpes, o primeiro dado por Newton (que provou que não estamos no centro do universo), o segundo dado por Darwin (que provou que não somo criados por Deus e que somos como qualquer outro animal) e o último dado por Freud (que desmascarou nosso egocentrismo). Mesmo assim, muitos humanos preferem negar a ciência, os fatos e o método científico, para se agarrar ao misticismo, pseudociência e a fé religiosa. Este blog tem como objetivo, divulgar a ciência, falar sobre ateísmo e religião e instigar o senso crítico. Aqui a ciência será colocada como uma vela que foi acesa com o objetivo de afastar a escuridão.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Estudo demonstra senso de justiça em primatas
Uma questão muito discutida em filosofia é se somos intrinsecamente bons ou intrinsecamente maus? Basicamente, o que se discute é se nosso senso de moral é parte de nós, humanos, ou se é aprendida, seja pela educação em casa ou pela moral religiosa. muitos estudos tem demonstrado que o senso de moral e justiça é intrínseco a todos os animais.
Para exemplificar isso, um grupo da Universidade Emory, nos Estados Unidos, identificou um senso de justiça tipicamente humano nos chimpanzés. Os primatas mostraram-se sensíveis à distribuição de recompensas quando um precisava do apoio do outro durante um jogo.
A descoberta do Centro Nacional Yerkes de Pesquisas de Primatas da Universidade sugere uma "história evolutiva da aversão à desigualdade" assim como uma preferência compartilhada de justiça ao ancestral comum de humanos e macacos, destaca o estudo publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
Segundo as regras, um indivíduo recebe uma quantia de dinheiro que tem de ser dividida com outra pessoa , que só pode responder sim ou não, sem negociar o acordo. Se ela não aceitar a oferta, nenhum dos dois leva o dinheiro, mas se concordar com o trato, o valor é repartido – não há troca de papeis, e os participantes não podem jogar outra rodada.Para o experimento, os cientistas observaram as reações de seis chimpanzés adultos (Pan troglodytes) e 20 crianças (entre dois e sete anos) durante o clássico Jogo do Ultimato.
"Nós usamos o jogo do ultimato, pois é um padrão para determinar o sentido humano da justiça. As pessoas costumam oferecer porções generosas aos seus parceiros anônimos, como 50% da recompensa; e foi exatamente isso o que nós testemunhamos em nosso estudo com chimpanzés", explica o autor principal do experimento, Darby Proctor.
Mas, no lugar de dinheiro, foram oferecidas duas fichas coloridas que eram trocadas por recompensas para cada grupo (comida aos macacos e adesivos aos pequenos): uma cor dava recompensas iguais para os dois jogadores e a outra favorecia apenas o dono das fichas. O estudo verificou que tanto primatas quanto crianças pegavam a ficha da divisão quando precisavam da cooperação do parceiro. No entanto, quando o outro lado não podia vetar, eles ficavam com a escolha egoísta.
"Até o nosso estudo, presumia-se que o Jogo do Ultimato não poderia ser feito com animais, ou até que eles sempre escolheriam a opção egoísta", destaca Frans de Waalm, coautor da pesquisa. "Mas concluímos que os chimpanzés não só têm respostas muito próximas do senso humano de justiça, quanto os animais têm as mesmas preferências que a nossa espécie."
Para exemplificar isso, o vídeo abaixo demonstra um outro experimento, feito em 2012 com Macacos-Prego, no qual cada macaco recebe uma recompensa diferente. Ao descobrir a injustiça, o macaco que está recebendo a recompensa menos vantajosa se revolta com a tratadora.
Por UOL (http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/01/21/primatas-tem-senso-humano-de-justica-na-divisao-de-recompensas-avalia-estudo.htm)
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