A ciência como uma vela no escuro (Carl Sagan)

Nos séculos 18 e 19, as mentes de brilhantes pessoas transformaram o mundo que conhecemos. O mundo saia do antropocentrismo e misticismo para iniciar uma nova era baseada no método científico. O antropocentrismo recebeu três derradeiros golpes, o primeiro dado por Newton (que provou que não estamos no centro do universo), o segundo dado por Darwin (que provou que não somo criados por Deus e que somos como qualquer outro animal) e o último dado por Freud (que desmascarou nosso egocentrismo). Mesmo assim, muitos humanos preferem negar a ciência, os fatos e o método científico, para se agarrar ao misticismo, pseudociência e a fé religiosa. Este blog tem como objetivo, divulgar a ciência, falar sobre ateísmo e religião e instigar o senso crítico. Aqui a ciência será colocada como uma vela que foi acesa com o objetivo de afastar a escuridão.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Pseudociência: Um dragão em minha garagem.*




"Um dragão que cospe fogo pelas ventas vive na minha garagem."

Suponhamos que eu lhe faça seriamente essa afirmação. Com certeza você iria querer verificá-la, ver por si mesmo. São inumeráveis as histórias de dragões no decorrer dos séculos, mas não há evidências reais. Que oportunidade!? (Sagan, 2006).

Você pede para ver este incrível dragão e eu o levo, sem cerimônias, até minha garagem. Mas daí, para sua decepção, a garagem está assim:




"Onde está o dragão?", você pergunta. E eu respondo que ele é invisível. Você pede então para jogar farinha no chão, para que possamos ver suas pegadas, e eu concordo. Mas após o teste, nenhuma pegada surge e eu respondo: "É que ele voa...".

Mas você, se for crítico, cético, não desistirá de ver o dragão. A próxima ideia é borrifar tinta no ar. Eu acho ótima ideia e pegamos um galão de tinta e borrifamos em toda a garagem. Mas nada de dragão. Eu então explico: "É que o dragão é imaterial!".

As coisas começam a ficar difíceis. Você pensa então num último teste. Se o dragão solta fogo pelas ventas, ele poderia, com sua baforada, queimar alguma coisa? Eu concordo e selecionamos várias coisas para queimar ou esquentar: uma barra de metal, uns gravetos, uma lata com água... Eu peço para o dragão usar sua baforada e, muitos minutos depois, tudo continua como antes. Agora eu respondo: "É que ele é tímido e só solta fogo quando as pessoas não estão vendo."

Se é este o problema, você propõe que todos saiam de perto. Mas eu falo que eu preciso estar perto. Então você pensa "e como garantir que foi o dragão que esquentou algo?" então você concorda, mas quer o uso de uma filmadora. Relutantemente eu aceito e, depois de tudo pronto, os testes são feitos. Mas tudo continua igual e eu dou uma nova desculpa como "O fogo mágico não é quente".

Acho que vocês entenderam onde quero chegar, não? Este texto é baseado, quase que copiado, do capítulo "O dragão em minha garagem" do livro "O mundo assombrado pelos demônios", de Carl Sagan (que eu falei ontem neste post aqui). O texto mostra muito bem como funciona o pensamento crítico e como, diante de argumentos experimentais, desculpas são criadas para manter a fé, o credo e até mesmo para invalidar o método científico.

A pseudociência funciona de forma parecida também. Parecida no sentido de querer usar métodos científicos para explicar as coisas mas, quando o método científico mostra que não há nada, a pseudociência acaba usando desculpas ou até alterando dados para validar suas idéias. 

Exemplos de pseudociência são os estudos de Óvnis  de casos de paranormalidade (paranormal, como o nome deixa claro, é algo além da normalidade, além da natureza. Logo, a ciência não pode explicar pois a ciência explica a natureza), mediunidade, astrologia, entre outros. Um exemplo bem clássico de pseudociência é a homeopatia. Entrarei em mais detalhes sobre a homeopatia em outro texto, mas para demonstrar como as coisas acontecem, a homeopatia servirá bem. No início do século 20, com o desenvolvimento da medicina, foram criados testes para comprovar que medicamentos são eficazes. São os testes duplo-cego, no qual um grupo de pessoas recebe o medicamento e um grupo de pessoas recebe algo que não faz nada, o placebo (açúcar ou água, por exemplo). Nenhum dos pacientes sabe se está tomando o medicamento ou o placebo. Um medicamento é considerado eficaz, quando o número de pessoas que melhoram tomando o medicamento é bem maior que o número de pessoas que melhoraram tomando o placebo. Bem, a questão é que os medicamentos homeopáticos sempre falham no teste duplo cego (e são 100 anos de testes), ou seja, eles não são melhores que água ou açúcar se você acreditar que a água vai realmente curar alguma coisa.

Mas qual a resposta dos homeopatas? São muito parecidas com as desculpas que dou para defender meu dragão. Em geral, eles dizem que a eficácia dos remédios homeopáticos não pode ser verificada pelo teste duplo-cego. E se você propõe outros tipos de testes (que funcionam com medicamentos convencionais), os homeopatas aceitam fazer os testes, mas quando o teste mostra que a homeopatia é tão eficaz quanto água a resposta é sempre a mesma: "este teste funciona para tudo, menos para homeopatia". No fim, terminamos ouvindo coisas como: "A ciência atual não explica tudo e a homeopatia é uma destas coisas que a ciência não tem como explicar".

Pois bem. Garanto que se amanhã um teste comprovasse a eficacia da homeopatia, todos os homeopatas alardeariam o fato de como a ciência demonstra e prova que a homeopatia funciona. E assim é com todas as pseudociências, elas se parecem com ciência, usam testes, palavras e postura muito similares a ciência, mas no fim, são apenas fé (ou seja, você defende sua posição independentemente dos argumentos). O problema disso é que a pseudociência se parece tanto com ciência que até mesmo muitos cientistas não conseguem diferenciar as duas. E se cientistas tem dificuldade em dizer o que é pseudociência e o que não é, imagine todas as outras pessoas. No fim, a pseudociência causa desinformação e, mais grave, causa o descrédito científico. E isto é algo que precisa ser evitado, combatido, de todas as formas. Por isso, eu continuarei a abordar a pseudociência em muitos outros posts, falando de astrologia, Óvnis, milagres, fantasmas  e, claro, homeopatia.

*Sagan, C. O mundo assombrado pelos demônios. Ed. Companhia das Letras. 448pp. 2006.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Leitura Recomendada: O mundo assombrado pelos demônios

Foi em 1998 que minha professora de Biologia Celular (Margherita Anna Barracco) disse para nossa turma: "Vocês não podem se formar biólogos sem ler o livro O mundo assombrado pelos demônios, de Carl Sagan.". Como eu era obediente, comprei o livro e, para minha felicidade, o li.

Hoje eu digo para meus alunos a mesma coisa: "Não se formem sem ter lido O mundo assombrado pelos demônios, de Carl Sagan.". Mas porque este livro é tão importante, não só para a formação de biólogos, mas para a formação de cientistas e, na minha opinião, na formação de nossas crianças? Porque este livro não é apenas uma defesa apaixonada pelo método científico, mas também um livro que ensina com muita clareza a diferença entre ciência e pseudociência (algo que acho fundamental para todas as pessoas). Segue abaixo o prefácio para que vocês tenham uma ideia do conteúdo do livro:


"Este livro é uma defesa apaixonada e apaixonante da ciência e da racionalidade humana. Carl Sagan, que não tem poupado esforços para divulgar os conhecimentos científicos de forma correta e clara, ataca o vírus do analfabetismo científico que faz, por exemplo, com que a maioria dos americanos pense que os dinossauros conviveram com os seres humanos e que desapareceram no Dilúvio porque não cabiam na Arca de Noé. Ou que acredite em explicações pseudocientíficas e ficções, do monstro de Loch Ness às estátuas lacrimejantes da Virgem Maria, do Abominável Homem das Neves ao poder das pirâmides e dos cristais, do Santo Sudário a terapias de vidas passadas, de anjos e demônios a seres extraterrestres que seqüestram e estupram. Para o autor de Pálido Ponto Azul, longe de serem inócuas, essas crenças e modismos podem causar danos terríveis; nos Estados Unidos pais inocentes estão sendo condenados em decorrência de falsas lembranças de abuso sexual de seus filhos, induzidas por terapeutas incompetentes. Da mesma forma, ele mostra que a crença nos argumentos de autoridade e o declínio da compreensão dos métodos da ciência prejudicam a capacidade de escolha política e põem em risco os valores da democracia."

O mundo assombrado pelos demônios foi um paradigma em minha carreira como cientista. Foi com ele que eu aprendi o que é ciência e como a ciência funciona. Foi com ele que eu aprendi a ler com crítica, debater com argumentos e receber as idéias de outros com ceticismo. Foi com este livro que eu aprendi a ser cientista.




Esta Semana na Ciência


Links para os artigos originais:


Raio Trator: http://bit.ly/Y7vF0i
Temperatura do Universo: http://bit.ly/XZB9tQ
Armazenando no DNA: http://bit.ly/WnyLLj
Besouros do esterco: http://bit.ly/Y9XLIf
Proto-pássaro: http://bit.ly/14e5k4V
Quadrupla helice de DNA: http://bit.ly/VQmZf6


Imagem adaptada de "I Fucking Love Science"

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Evolução dos cães


A milhares de anos atrás, junto com os primeiros assentamentos humanos (quando deixamos de ser caçadores/coletores para nos tornar agricultores), surgiram os primeiros cães. Na verdade eram lobos (Canis lupus) que viram no lixo humano (na época composto quase que totalmente por restos de alimentos como raízes, pão e mingau) uma oportunidade de fácil acesso aos alimentos.

No entanto, nosso amor por pão, batatas e por alimentos ricos em carboidratos, tornava este lixo uma fonte de alimento muito diferente do que os lobos estavam adaptados a digerir. E da mesma forma que esta alimentação moldou nossa evolução, estamos começando a entender como que este comportamento humano permitiu que uma nova espécie de canídeos surgisse, o nosso cão doméstico (Canis lupus familiaris).

Genealogia simplificada dos cães (figura adaptada de Casa Calado blog)


Um artigo publicado na revista Nature comparou o DNA de 12 lobos cinzentos com 60 cães (incluindo 14 raças diferentes) e descobriram que havia diferenças fundamentais que permitiram os lobos que conviviam com humanos digerissem os carboidratos muito mais facilmente. A presença de alterações em genes importantes para a digestão de amido e açúcar teria permitido que os lobos tirassem o máximo proveito dos restos de alimentos em assentamentos humanos, ajudando estes lobos a prosperar, mesmo com o abandono do estilo de vida de caçadores. Com o passar do tempo, o isolamento destes lobos domesticados em relação dos lobos selvagens, permitiu o surgimento de uma nova espécie, o nosso cão doméstico.

Mas o que é realmente interessante sobre este estudo não é necessariamente o estudo em si, mas sim as perguntas que ele cria. O próprio estudo sugere que a domesticação de cães era uma forma de seleção, na qual os lobos que já eram capazes de digerir os carboidratos foram capazes de sobreviver mais facilmente fora da vida selvagem e, consequentemente, tornaram-se domesticados. Enquanto outros cientistas sugerem que esses genes podem ter se modificado após a domesticação dos cães, devido a dieta rica em carboidratos. Então, mais ou menos como a questão de “o que veio primeiro o ovo ou a galinha?”, a ciência tem agora outra questão a ponderar, o que veio primeiro a domesticação ou a modificação nos genes?

Genealogia detalhada dos cães. Ilustração de Arthur Singer


Texto adaptado de Evolution

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Evolução das baleias, Parte 2


Em um post anterior, que você pode ler aqui, comecei a escrever sobre a história evolutiva das baleias. Hoje dou prosseguimento ao assunto, fechando o artigo publicado em Understanding Evolution.

Comparado a outras das primeiras baleias, como o Indohyus e Pakicetus, o Ambulocetos parece ter vivido uma vida mais aquática (veja figura abaixo). Suas pernas são curtas, e suas mãos e pés são ampliados como remos. Sua cauda é mais longa e mais musculosa também. 



A hipótese de que o Ambulocetus viveu uma vida aquática também é apoiada por evidências de estratigrafia - Ambulocetos fósseis foram recuperados a partir de sedimentos que, provavelmente, foram formadas em um antigo estuário. Os animais são o que comem e bebem, e água salgada e água doce têm diferentes proporções de isótopos de oxigênio. Isto significa que podemos aprender sobre que tipo de água um animal bebeu, estudando os isótopos que foram incorporados em seus ossos e dentes à medida que crescia. Os isótopos mostram que Ambulocetus provavelmente bebeu tanto água salgada quanto água doce, o que se encaixa perfeitamente com a ideia de que esses animais viviam em estuários ou baías entre rios de água doce e o mar aberto.

Baleias que evoluíram após Ambulocetus (Kutchicetus, etc) mostram níveis ainda mais elevados de isótopos de oxigênio de água salgada, o que indica que eles viviam em habitats marinhos costeiros e foram capazes de beber água salgada como as baleias de hoje. As narinas destes animais evoluíram se posicionando mais e mais para trás ao longo do focinho. Esta tendência se manteve em baleias vivas, que têm uma "bolha" (narinas), localizada na parte superior da cabeça acima dos olhos.



Estas baleias mais aquáticas mostram outras alterações que também sugerem que elas estão intimamente relacionadas com as baleias de hoje. Por exemplo, a pélvis tinha evoluído para ser reduzida em tamanho e separada da coluna vertebral. Isso pode refletir o aumento do uso de toda a coluna vertebral, incluindo a parte de trás e da cauda, ​​na locomoção. Se você assistir a filmes de golfinhos e baleias nadando, você vai perceber que as suas nadadeiras traseiras não são verticais como os de peixes, mas horizontais. Para nadar, eles movem suas caudas para cima e para baixo, em vez de para um lado e para a o outro como os peixes fazem. Isto é porque as baleias evoluíram a partir do caminhar dos mamíferos terrestres cujas colunas não dobram naturalmente para um lado e para o outro, mas para cima e para baixo. Você pode facilmente ver isso se você assistir a uma corrida de cachorro. Sua coluna vertebral ondula para cima e para baixo em ondas conforme ele se move para frente. Baleias fazem a mesma coisa quando elas nadam, mostrando a sua herança ancestral terrestre.



Como as baleias começaram a nadar ondulando todo o corpo, outras mudanças no esqueleto permitiram que seus membros fossem utilizados mais para dar direção do que para remar. Como as vertebras caudais destas primeiras baleias correspondem com as vertebras caudais de golfinhos e baleias atuais, sugere-se que a nadadeira caudal surgiu bem cedo, e as primeiras baleias, como o Dorudon e Basilosaurus, já possuíam nadadeiras caudais. Tais mudanças esqueléticas, que podem acomodar um estilo de vida aquático, são especialmente pronunciadas em basilosaurideos, como Dorudon. Estas baleias antigas evoluiram mais de 40 milhões de anos atrás. Articulações dos cotovelos se modificaram permitindo que as patas dianteiras funcionassem como nadadeiras, controlando o fluxo de água e a direção do movimento. Já os membros posteriores desses animais eram quase inexistentes. Eles eram tão pequenos que muitos cientistas pensam que não possuía função e que os mesmos podem ter sido internos ao corpo, como ocorre em algumas baleias modernas.

Este membro posterior vestigial é evidência de herança terrestre dos basilosaurideos. Desde os ossos do ouvido até os ossos do tornozelo, as baleias são um fantástico  exemplo de evolução. E o mais legal, é que todos os estágios intermediários podem  ser observados em outros animais que possuem uma vida terrestre-aquática, como os hipopótamos, leões-marinhos, lontras e tantos outros.

Estudo demonstra senso de justiça em primatas


Uma questão muito discutida em filosofia é se somos intrinsecamente bons ou intrinsecamente maus? Basicamente, o que se discute é se nosso senso de moral é parte de nós, humanos, ou se é aprendida, seja pela educação em casa ou pela moral religiosa. muitos estudos tem demonstrado que o senso de moral e justiça é intrínseco a todos os animais.

Para exemplificar isso, um grupo da Universidade Emory, nos Estados Unidos, identificou um senso de justiça tipicamente humano nos chimpanzés. Os primatas mostraram-se sensíveis à distribuição de recompensas quando um precisava do apoio do outro durante um jogo.
A descoberta do Centro Nacional Yerkes de Pesquisas de Primatas da Universidade sugere uma "história evolutiva da aversão à desigualdade" assim como uma preferência compartilhada de justiça ao ancestral comum de humanos e macacos, destaca o estudo publicado na PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
Segundo as regras, um indivíduo recebe uma quantia de dinheiro que tem de ser dividida com outra pessoa , que só pode responder sim ou não, sem negociar o acordo. Se ela não aceitar a oferta, nenhum dos dois leva o dinheiro, mas se concordar com o trato, o valor é repartido – não há troca de papeis, e os participantes não podem jogar outra rodada.Para o experimento, os cientistas observaram as reações de seis chimpanzés adultos (Pan troglodytes) e 20 crianças (entre dois e sete anos) durante o clássico Jogo do Ultimato.
"Nós usamos o jogo do ultimato, pois é um padrão para determinar o sentido humano da justiça. As pessoas costumam oferecer porções generosas aos seus parceiros anônimos, como 50% da recompensa; e foi exatamente isso o que nós testemunhamos em nosso estudo com chimpanzés", explica o autor principal do experimento, Darby Proctor.
Mas, no lugar de dinheiro, foram oferecidas duas fichas coloridas que eram trocadas por recompensas para cada grupo (comida aos macacos e adesivos aos pequenos): uma cor dava recompensas iguais para os dois jogadores e a outra favorecia apenas o dono das fichas. O estudo verificou que tanto primatas quanto crianças pegavam a ficha da divisão quando precisavam da cooperação do parceiro. No entanto, quando o outro lado não podia vetar, eles ficavam com a escolha egoísta.
"Até o nosso estudo, presumia-se que o Jogo do Ultimato não poderia ser feito com animais, ou até que eles sempre escolheriam a opção egoísta", destaca Frans de Waalm, coautor da pesquisa. "Mas concluímos que os chimpanzés não só têm respostas muito próximas do senso humano de justiça, quanto os animais têm as mesmas preferências que a nossa espécie."
Para exemplificar isso, o vídeo abaixo demonstra um outro experimento, feito em 2012 com Macacos-Prego, no qual cada macaco recebe uma recompensa diferente. Ao descobrir a injustiça, o macaco que está recebendo a recompensa menos vantajosa se revolta com a tratadora.

Por UOL (http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/01/21/primatas-tem-senso-humano-de-justica-na-divisao-de-recompensas-avalia-estudo.htm)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Esta Semana na Ciência


Links (matérias originais em inglês)
Buracos Negros: http://bit.ly/UJ2Iaf
Transplantes Fecais: http://bit.ly/V0tppd
HIV: http://bit.ly/UQoaIt
Rã planadora: bit.ly/WxgKLn
Olho e cor do cabelo: http://bit.ly/YhD4Oh
Doença de Alzheimer: http://bit.ly/13DrVrn

(figura adaptada de I fucking love science)

Darwin em Prosa de Cordel

Estava eu andando pela Feira de São Cristóvão (Rio de Janeiro) quando me deparo com uma banca de literatura em cordel nos quais diversos dos folhetins lidavam com o tema científico. Pitágoras, Newton, Kepler e, entre tantos outros, Darwin. 

Comprei todos, que eram 5 ao todo, para distribuir para amigos e colegas. Todos eles eram iguais, intitulados: Darwin, Naturalista Maior, por Gonçalo Ferreira da Silva. Li e achei o máximo! Uma beleza, bem escrito e, acima de tudo, corretíssimo. Segue um trecho do texto


"Tendo como base estudo
de todos os seres vivos
nos momentos mais dramáticos
dos ciclos evolutivos
os livros de Darwin foram
por certo os mais conclusivos

Ao cabo de muito estudo,
de atenta observação,
de perguntas que causavam
profunda inquietação
estava estabelecida
a lei da evolução"








A surpresa maior é encontrar uma obra de divulgação científica,em um formato incomum e em um local tão improvável. Estou entrando em contato com a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) para verificar a possibilidade de distribuição livre do texto completo. Porque uma forma tão linda de divulgação não deveria ficar tão escondida.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Aula: Seleção Natural

Mesmo hoje, em 2013, vejo meus alunos desesperados para conseguir livros para estudar a matéria. Eu sempre digo para eles que os livros são ótimos (e a principal referência) mas que eles subestimam a internet, em especial alguns vídeos do Youtube. Mas entendo que, com a inexperiência, muitas vezes eles acabam tendo dificuldade de achar os bons materiais.

Por isso, estarei postando alguns videos que acho bons o suficientes para aprender biologia.

O vídeo abaixo explica como funciona a seleção natural. Escolhi esta aula como a primeira porque acho a Seleção Natural um dos conceitos mais simples e, ao mesmo tempo, mais mal entendidos pelas pessoas. E seleção natural é um processo que é a base para o entendimento da evolução. Uma curiosidade: os vídeos do Khan Academy ficaram famosos pelo fato que o dublador é o mesmo que faz a voz do personagem Goku, de Dragonball Z. Assim, aproveite a aula de Goku sobre Seleção Natural.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Evolução das Baleias


Este texto e o diagrama, chamado de evograma, eu peguei do site Undertanding Evolution. Aqui são demonstradas as evidencias que nos ajuda a construir as etapas que contam a história de como as baleias surgiram, a cerca de 50 milhões anos atrás.

A primeira coisa a notar é que hipopótamos são os parentes vivos mais próximos das baleias, mas eles não são os ancestrais das baleias (assim como chipanzés são os parentes mais próximos dos humanos, mas não são nossos ancestrais). Na verdade, até onde sabemos, nenhum dos animais individuais no evograma é o ancestral direto de qualquer outro. É por isso que cada um deles recebe o seu próprio ramo na árvore genealógica.




Hipopótamos são grandes e aquáticos, como baleias, mas os dois grupos desenvolveram esses recursos separadamente um do outro. Sabemos isso porque os parentes antigos de hipopótamos chamados anthracotheres (não mostrado aqui) não eram grandes ou aquáticos. Nem os parentes antigos de baleias que você vê retratado nesta árvore - como Pakicetus. Hipopótamos provavelmente evoluíram a partir de um grupo de anthracotheres cerca de 15 milhões de anos atrás, as primeiras baleias evoluíram mais de 50 milhões de anos atrás, e o ancestral de ambos os grupos era terrestre.

As primeiras baleias, como Pakicetus, eram animais terrestres típicos. Eles tinham crânios longos e grandes dentes carnívoros. Vistos assim, eles não parecem muito com as baleias. No entanto, seus crânios - principalmente na região da orelha, que é cercada por uma parede óssea - se assemelham bastante aos de baleias vivas e são diferentes dos de qualquer outro mamífero. Muitas vezes, características aparentemente simples, fornecem provas cruciais para vincular animais, que são altamente especializados para seu estilo de vida (como as baleias), com seus parentes de aparência menos extremada.

Futuramente falarei mais sobre a evolução das baleias, postando o resto do texto e novas figuras. Enquanto isso, meus amigos que trabalham com baleias, podem me ajudar verificando se está tudo certo aqui.

Abraços

(Texto e figuras originais de Understanding Evolution: http://evolution.berkeley.edu/evolibrary/article/evograms_03)

Em Construção

O Blog está em construção. Em breve iniciarei as postagens falando sobre: ciência no Brasil, ciência no mundo, aula de ciências, pseudociência e religião, ateísmo e outras coisinhas mais. Até mais!